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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nesse dia de chuva...



a fúria me abraça...
Não abro a janela pois tenho medo Da chuva molhar os sonhos de cedo, Vão devaneios que a chuva ameaça. Imersa em pós, a visão é uma taça Embebida pelos vapores do ar, Pela ávida chuva, sempre a me olhar Com suaves olhos que o vidro embaça. Por um instante, a chuva trespassa.
A janela dos anseios perdidos, Perde-se entre desejos esquecidos E esvai-se num volver cheio de graça.

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